sábado, 17 de julho de 2010

Silêncio

O Silêncio, anseio pela total cessação de ruídos. Um silêncio que me acalme, que me possua, que me leve com ele, trazendo a paz. No meio de muito querer, o sentimento de pouco possuir. O pouco, não é o suficiente, não satisfaz. Quero mais, vou conseguir mais. E por fim, ao criador faço uma prece.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ansiedade.

Como todo mundo, sou ansiosa. Acredito que esta é uma característica da nossa geração. A velocidade da informação, a diminuição dos espaços e a falta de tempo intensificam a força de nossas tenções. Estamos sempre no limite.

Sou muito ansioso! Tal pessoa é muito ansiosa! perdemos as contas de quantas vezes ouvimos tais declarações. As pessoas, em geral, consideram-se ansiosas. Ansiedade é termo de domínio publico, uso corrente; palavra daquelas que já não exigem explicação, sinônimos. Há uma espécie de sentimento que todos experimentamos e que dominamos, tranquilamente, ansiedade.

A importância da ansiedade como cuidado é esta: sua atuação impede-nos de colocar a vida em risco. Tanto a nossa como a dos outros. Faz com que sejamos prudentes, respeitosos, reverentes. Assim são os termos que a Bíblia utiliza para expressar essa ansiedade fundamental. Na a chama exatamente de ansiedade, mas de prudência, equilíbrio e, no caso do nosso relacionamento com Deus, temor.
Preocupar-se, como a própria palavra sugere, é ocupar-se antecipadamente de um perigo qualquer. Não tem nada a ver com planejamento, prudência ou cuidado. Está mais para uma angustia, um sentir-se ameaçado, uma sensação de alerta, sob incessante tensão. Tira o sono, interfere no apetite, altera o humor. Deixa o individuo como se fiz “a flor da pele”.

O futuro surge, então, como outra fonte de preocupação. Será que dará certo? Será que vou conseguir? Será que os demais farão sua parte? As perguntas de multiplicam. O amanhã deixa de ser resultado do hoje – construção. Passa a ser visto como resultado do próprio amanha – campo de batalha. Uma bomba pode cair a qualquer momento.
Aqui a incredulidade alcança seu ápice. Já não há segurança alguma, esperança alguma. No amanha como campo de batalha, a morte ronda o tempo inteiro. A tragédia se apresenta como inevitável. Não se trata de crer mais em Deus, mas num acaso devastador. As pessoas não mais distinguem-se por questões de confiança, mais de sorte. A ansiedade torna-se pavor, desilusão, inanição espiritual. Morrem as utopias, os sonhos, o riso. É o fim
Parece exagero? Notem bem: é um caminho. Um abismo chama o outro. Não foi sem razão que o sábio declarou “a ansiedade no coração do homem o abate” ( provérbios 12:25). Como não são sem razão as advertências de Jesus e dos apóstolos contra o perigo da ansiedade, se, de fato desejamos desfrutar da vida que Deus dá. Com eles seguiremos, certos da nossa vitoria contra a ansiedade e todas suas conseqüências desastrosas.

Jesus desmascarou ansiedade e apresentou-a como engano. Lembrou os discípulos que, por mais esforçados que se mostrassem, não poderiam cuidar efetivamente de si mesmos: “quem de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um único côvado a estrutura da sua vida? ”( v.27).
Há um equivoco essencial na ansiedade: ela nos faz acreditar que, preocupando-nos, podemos evitar perigos que tememos ou providencias todos os recursos, alternativas e soluções que precisamos. A ansiedade sugere que devemos permanecer em alerta contra todas as possibilidades de ameaça, para que nos sintamos seguros. O problema é que, com a ansiedade, a expectativa de um sem numero de ameaças sempre se multiplica, fazendo com que, ao contrario, nos sintamos cada vez mais inseguros, num circulo vicioso interminável.
Jesus ensinou que a vida não é um objeto a ser bem guardado, num cofre existencial inarrombável, mais um presente a ser desfrutado com alegria e confiança em Deus. Não pertence, de fato, a nós, mas nos dada como privilegio e oportunidade. Se deixamos a ansiedade nos enganar, fazendo-nos pensar que a vida é 100% responsabilidade nossa, colocaremos um peso enorme sobre os ombros, muito maior do que podemos carregar.
Jesus não apenas desmascarou a ansiedade, mas também apresentou-a como um desafio a ser superado. Revelou que trata-sede um inimigo para a compreensão do quanto somos amados por Deus.
Jesus declarou com todas as letras que somos importantes pra Deus. Garantiu que cuida de nós, mesmo nos momentos mais críticos da nossa existência. Ensinou-nos que passar por provações não é sinal de que não somos amados, mas uma oportunidade para experimentarmos de um modo extraordinário o amor de Deus e sua vitória. Nossas adversidades podem ser imensas, mais não são tão fortes o bastante para nos destruir ou nos afastar do amor do Pai. Também não tem a ultima palavra para aqueles que CONFIAM NO SENHOR.